segunda-feira, 7 de abril de 2014

A última poesia



Não me lembro bem, meu bem

Se o primeiro foi verso improvisado

ou se foi escrita em guardanapo

Mas me lembro que foi apaixonado

E tudo me inspirava escrever

O sorriso, o abraço ou estar perto de você

Os passeios sempre marcados por eles

As saudades registradas por eles

As vezes vinham tingir como harmônia

ou me pegavam na madruga em plena insônia

Enviar ou falar tinham várias maneiras

Internet, SMS, Batepapo, Orkutando ou papel de mesa

De uma forma séria ou numa linda brincadeira

Eles tinham lá suas belezas

"Tempo bom que não volta nunca mais"

Olhar nos seus olhos e aclama-los me traziam a paz

E mesmo quando você não entendia a grafia amava de emoção

Tinha rima para tudo sol, terra, mar, flor e paixão

Sempre dizia a você através dele que isso não se acabe

Me vem a mente um deles que tinha um pedido que agente se casasse

Depois de cada um trocavamos horas de beijos, abraços e olhares

Os suspiros eram como se eternamente nos amasse

Até tentei escrever um poema que eternizasse

Ou cicatrizasse os nossos beijos nossos olhares

Escrevemos juntos, separados um só sentimento

Expressar os que viviamos e registrar o nosso momento


Sempre me imaginava escrevem mais e mais pra você

Eles sempre muito alegres e vibrantes tinham amor para escrever

Até que algo morreu, junto com a rima e se dissolveu



E com o tempo veio palavras vazias e coisas ruins e afins




E infelizmente o pesadelo, o fim...

Um

Um momento um pensamento um tormento um lamento uma fumaça que descipa com vento uma palavra que doe aqui dentro um tempo um tempo