quinta-feira, 13 de novembro de 2014

E por mais que eu tente...



E por mais que eu tente, não serás jamais diferente

Estando entre a faca e o abismo, olhe a frente

Um muleque que cresceu em meios aos becos escuros

Que sonhou um dia, mas as feridas abertas não cicatrizou de tudo

Acredita-se em amizade, paz de espirito e no calor do amor

Mas o que se tem em troca no mundão é só ódio e dor

Não sei para onde vou, ou, se caminho por ai

O que só sei que doí no peito, a saudade de mim

Do que imaginas por aí, imaginavas chegar

Eis me aqui, do que valeu tanto se matar

Por dias a finco de trabalho, noites em claro

As ansiedades, cansaço, o café amargo

Carro, casa, tudo ao alcance das mãos ou não

Cartão de crédito estourado, tudo a prestação, vida de cão

Mas não se tem caminhos para pisar no chão

Tanto faz por onde ir, se tudo é em vão

Pegadas em vão, se vão as pegadas doce amargo

Como as lágrimas que derramo, o gosto de pigarro

Mê de logo, um cigarro ou algo para beber

Prefiro assim, assim do que desobedecer e ver tudo descer

Ruas a baixo como enxurrada de chuva de verão

Eu que já corri pelo mundo fugindo como um cão

Olho para céu, e pergunto do que valeu?

Ser verdadeiro com outros, mas sou covarde com meu eu

Por que reparar o dia lá fora, se amanheci esquecido de mim

Rezo para logo venha fim, quem sabe assim, ai de mim

Minha alma, meu sangue, os batimentos cardíacos

Tomará que isso não seja em vão, que eu tenha logo o perdão

Por mais ou por menos, uns vem e outros tantos vão

Embalados na brisa da noite branca, do gole garganta abaixo

Não estando aqui, talvez eu me acho

Eu queria um bem, que me ajudasse a decidir

E que eu não pudesse mais me inibir ou até fugir

Para quem fingir, se não tenho a quem mostrar

Para quem interpretar, se tenho é vontade de chorar

Então, dê o seu amor para quem merece e sabe se amar

Plante algo no peito que seja fácil cultivar e aflorar


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Eu preciso!



Eu preciso aprender amar…
Os cachorros por que muitos não sabem o que faz, mas querem fazer o bem
as plantas que para além de sua fotosintesse, a sua beleza já por si só ficar bem
os passaros que além de emitem belos cantos pelas manhã da primavera
e são doceis, mesmo em gaiolas de aço são felizes
a terra, por que é dela que vem todo o fruto que alimenta o corpo da gente
as aguas que hidrata e acalma a sede derrepente

Eu preciso aprender amar…
o por do sol brilhante e lindo, por que ele é único e cada dia não será como antes
o ceu estrelado, não para contar estrelas, mas para admira-las e se embanhar com seus brilhos
as brisas, os venhos, as chuvas tudo que a natureza nos gere e agradece-la por ter oportunidade para ver, ouvir e senti-la
a cada folha que cai, em um balé unico classico, perfeito e único

Eu preciso aprender amar…
as palavras ditas, mesmo que não agradáveis, se são direcionadas a mim algo as traz
os ouvidos que me permite escutar, os olhos que me permitem enxergar
a cama que me permite deixar, a coberta que vem me abraçar
o sono ou até a insonia, que me relacha o pensamento ou que fazer ele fritar noite a dentro
o toque na pele, seja no apertar da mão no beijo que me aquele a alma
O paladar que me permite saborear o doce, o salgado o que eu ha de degustar
e os dentes que tenho para mastigar 32 vezes como minha mãe me ensinou

Eu preciso aprender amar…
O meu sorriso, mesmo que raro vem cheio de pureza e verdades
a presenta de quem esta ao meu lado na alegria ou na tristeza, bravo ou apaixonado
a mim mesmo, por tudo que tenho ou tudo que não mereço
você, ela, aquela ou a outra pessoa que me ver seguindo bem sem olhar a quem
o tapa, o beliscão e o castigo que minha mãe, que me deu luz para tanta escuridão

Eu preciso aprender amar…
o choro que me faz refletir para quais os caminhos eu quero ir
as orações, as conquistas, as caminhadas, as batalhas travadas
empunhadas dente a dente me fizeram forte na estrada
a fé que me mantem em pé remando contra a maré e contra o vento

eu preciso aprender o que é o amor, que não é ouro, nem prata
não é solido, nem líquido, não é visto
ele pode ser somente sentido e construído no seu tempo e ritmo

Eu preciso...

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O que eu não falei


Eu peço desculpas...

Das poucas vezes que chorei
Dos poucos colos te dei
Das poucas horas que ao seu lado fiquei
Dos poucos momentos que te amei
Dos poucos sorrisos que te dei
Das vezes que de raiva fiquei
Dos poucos momentos que te abraçei
Das noites em claro que te deixei
Das poucas vezes em claro por ti fiquei
Das contas que não paguei
Das vezes que não te beijei
Dos momentos que não transei e não gozei
Das obras a ti que eu não pintei
Das frases de guardanapo que rasquei e não te entreguei
Dos poemas que eu não recitei
Das luas cheias que a ti não dediquei
Dos bons dias que não falei
Dos anoitecer que eu não fiquei
Dos momentos tristes que te abandonei
Das canções que eu não cantei
Das belas trilhas que eu não dancei
Dos fios de cabelo branco que te gerei
Das comemorações que não participei
Das brigas que eu não perdoei
Das vezes que de linda não lhe chamei
Do carinho no cabelo que eu não lhe dei
Das poucas vezes que cozinhei
Das bagunças da casa que não arrumei
Das poucas roupas que lavei e passei
Das vezes que te machuquei
Das suas feridas que eu não curei
Das poucas flores que te dei
Das tentativas que errei
Das dívidas que eu te gerei
Das vezes que disse não sei
Das gírias que falei
Das frases erradas de te falei
Das rimas que não rimei
De você ser a minha Rainha e eu não ser o seu Rei
Até daqueles peidos que de baixo da coberta eu dei
Das conversas fiadas por ai que falei, eu vacilei
Do nossos sonhos que eu não viverei
Das poucas vezes como agora arrependido fiquei
Que aos seus objetivos que eu não corresponderei
A tudo que queria ter digo antes não falei

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A última poesia



Não me lembro bem, meu bem

Se o primeiro foi verso improvisado

ou se foi escrita em guardanapo

Mas me lembro que foi apaixonado

E tudo me inspirava escrever

O sorriso, o abraço ou estar perto de você

Os passeios sempre marcados por eles

As saudades registradas por eles

As vezes vinham tingir como harmônia

ou me pegavam na madruga em plena insônia

Enviar ou falar tinham várias maneiras

Internet, SMS, Batepapo, Orkutando ou papel de mesa

De uma forma séria ou numa linda brincadeira

Eles tinham lá suas belezas

"Tempo bom que não volta nunca mais"

Olhar nos seus olhos e aclama-los me traziam a paz

E mesmo quando você não entendia a grafia amava de emoção

Tinha rima para tudo sol, terra, mar, flor e paixão

Sempre dizia a você através dele que isso não se acabe

Me vem a mente um deles que tinha um pedido que agente se casasse

Depois de cada um trocavamos horas de beijos, abraços e olhares

Os suspiros eram como se eternamente nos amasse

Até tentei escrever um poema que eternizasse

Ou cicatrizasse os nossos beijos nossos olhares

Escrevemos juntos, separados um só sentimento

Expressar os que viviamos e registrar o nosso momento


Sempre me imaginava escrevem mais e mais pra você

Eles sempre muito alegres e vibrantes tinham amor para escrever

Até que algo morreu, junto com a rima e se dissolveu



E com o tempo veio palavras vazias e coisas ruins e afins




E infelizmente o pesadelo, o fim...

Um

Um momento um pensamento um tormento um lamento uma fumaça que descipa com vento uma palavra que doe aqui dentro um tempo um tempo