sábado, 21 de março de 2009

“Periferia e as políticas púbicas para a juventude: O desafio da Participação e Inclusão”. 2006

Juventude Reunida!

Nós da juventude brasileira convivemos com imensas diversidades e particularidades, e por isto acredito que as Políticas Públicas de Juventude servirão como ferramenta para fomentação e aplicação de medidas importantes e necessárias. E não é diferente em relação à juventude da periferia. Nós convivemos diretamente com a falta da implementação destas políticas públicas em nosso cotidiano, que vai desde a busca por ensino de qualidade, atendimento eficiente na área da saúde, a falta de moradia digna, saneamento básico, e a busca incessante pela qualificação e inclusão no 1º emprego. Apesar da ausência de políticas que atendam a estas demandas, vários jovens vêm se formando como lideranças e incorporando frentes juvenis na busca e construção diária deste debate, no intuito de sensibilizar outros jovens, gestores e governos para a importância de criar ações que atendam aos anseios da juventude.

Muitos de nós jovens negros, moradores de favelas, somos lideranças locais, realizando políticas públicas com outros jovens, e até mesmo com toda comunidade. Atualmente temos uma representação ativa através das frentes juvenis que participam do Conselho Nacional de Juventude, criado no governo Lula, que tem como intuito garantir e promover políticas públicas de juventude, além de fomentar estudos e pesquisas sobre a atual realidade dos jovens no Brasil. Este conselho já representa um avanço, mas além de ter representatividade e ação, é preciso sensibilidade de tod@s para com esta juventude.

Esta sensibilidade passa também pela reflexão e clareza sobre qual o papel de cada um de nós jovens à frente desse debate. O que queremos de fato com estas políticas públicas é que elas sejam políticas de juventude, para juventude e com a juventude, e que com isso possam envolver cada vez mais outros jovens nesta luta que tem que ser diária, e assim construir diversos espaços de ampliação e participação, onde tod@s se insiram nos debates, nas formulações e nas implementações destas políticas pelo país. É o que podemos chamar de levar a discussão para a base, difundi-la nas escolas, comunidades, associações de bairros, grupos juvenis organizados, etc. Este desafio não é coisa fácil, mas cabe a tod@s nós construir, difundir e viabilizar este processo, e que esta participação se torne cada vez mais ativa em nosso cotidiano.


Ø Texto produzido para a cartilha de Politica Publica de Juventude lançada em 2006 pelo vereador da capital mineira Arnaldo Godoy do PT.